programação

Caderno de resumos

14/08

quarta-feira

Modern Scribble Lines

tarde

14:00 - 15:30

mesa 1

GÊNEROS DO CORPO

mediação - Pedro Guimarães

Angélica Franceschini Ghilardi

Sexualidade Feminina como Potência em ​Ginger Snaps, Teeth e Raw

Luiza Cristina Lusvarghi

tarde

Carro Rei e Medusa: Feminismo, Horror ​Corporal e Ficção Especulativa

16:00 - 17:30

Leticia Weber Jarek

Teoria feminista face ao cinema ​hollywoodiano: o caso do woman’s film

mesa 2 ​

NOTAS PARA O CINEMA BRASILEIRO

mediação michelle sales

Bruno Araujo

Paródia camp e desidentificação em A ​mulher que inventou o amor (Jean ​Garrett, 1980)

Matheus Maltempi Munhoz

Entrevista feita com o casal, Joel Caetano e ​Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, ​produtora de filmes de terror

Gabriel Henrique de Paula Carneiro

Eva no Brasil e a transformação da Vera ​Cruz

João Pedro Felipe Silva

A representação cultural através das ​animações ligadas ao NCAC

Rafael do Amaral Reis

A fuga do padre e da moça: uma questão ​moral

manhã

abertura

palestra

programação

9:30

10:00

mediação - Gilberto Sobrinho

Stephanie dennison ​(Universidade de Leeds)

laura cánepa ​(Universidade paulista)

Horror no cinema brasileiro do século ​XXI: neofascismo, descontentamento, ​resistência

manhã

10:30 - 12:00

mesa 2

mediação - Ana Carolina Maciel

Patricia Mourao de Andrade

Lygia Pape e o cinema antes do cinema.

Denise Carvalho

A Exposição In/visible e as estratégias de ​resistência à crise criativas nas ​expressões artísticas geradas pela IA

João Ferreira

O Humanitarismo na representação dos ​deslocamento forçados em Weiwei

Henri Dias da Silva Neto

A construção do olhar dentro da ​fotografia documental: uma análise do ​trabalho de Luciano Carneiro para a ​revista o cruzeiro

15/08

quinta-feira

Modern Scribble Lines

AUDIOVISUAL EM DIFERENTES PLATAFORMAS

Cinema expandido e outras práticas

programação

manhã

9:00 - ​10:15

mesa 1

mediação - Gilberto Sobrinho

Gustavo Padovani

Mundos audiovisuais plataformizáveis

Matheus Mendes Schilittler

A experiência estética em jogos ​ficcionais e novas dimensões do play

Rafael Alziro Silva Pereira

YouTube-queer: discursos sobre gênero ​sexualidade em vídeos

15/08

quinta-feira

Modern Scribble Lines

REVISITANDO A HISTÓRIA DO CINEMA

ta​rde

16:00 - 17:30​

mesa 4

CINEMA ENSAIO

mediação - Ana Karla Batista Farias

Patrick Silva Cavalcante

As feridas abertas no coração das ​imagens godardianas: a revolução de A ​gaia ciência

Silas Seabra de Sousa

A operação ensaio de Petra Costa em ​Elena e Democracia em Vertigem

Ana Paula de Aquino Caixeta

Enlutamentos e processos de ​subjetivação no cinema ensaio ​brasileiro

Mariana Stolf Friggi

Entre o filme-ensaio e a antropologia ​fílmica: análise de Nhemongueta

programação

tarde

14​:00 - 15:30

mesa 3

mediação - Ignacio Del Valle

Matheus Batista Massias

O Cinema de Vittorio De Seta dos Anos ​1950: Confluências e Influências

Gabriel Bueno Lisboa

O Ciclo do Cinema Político Italiano – Uma ​Proposta de Estudo

Pedro Guimarães

O código histriônico na atuação: análise ​de uma forma de jogo atoral

Ana Luisa Mariquito Reis

Cinema e Espiritualidade: Revisitando o ​Estilo Transcendental no Cinema

16/08

sexta-feira

Modern Scribble Lines

MULHERES: UM MODO DE CINEMA

manhã

10:30 - 12:00

mesa 2

O CINEMA COMO MEMÓRIA

mediação - Márcio Barreto

Ignacio del Valle Dávila

A guinada “civil-militar” no ​documentário sobre a memória da ​ditadura chilena

Ana Carolina de Moura Delfim Maciel

Invisibilidades no refúgio ​contemporâneo

Felipe Abramovictz

As alegorias da Abertura na produção ​superoitista intertextualidade, resistência dos ​anos de repressão ao reempoderamento popular

Guilherme Rezende Landim

Jogos de imagens documentais: entre ​ruídos e fabulações

programação

manhã

9:00 - ​10:15

mesa 1

mediação - Karla Bessa

Camila Christina Bezerra Soares

Trajetória da cineasta Adélia Sampaio ​na produção dos filmes Parceiros da ​Aventura (1980) e Amor Maldito (1984)

Ana Karla Batista Farias

Entre a cinescrita e a literatura: os ​modos de subjetivação no cine-ensaio de ​Varda e escrita experimental de Clarice ​Lispector

Ana Catarine Mendes da Silva

Medusa (2021) e o protagonismo feminino ​no cinema de horror brasileiro

16/08

sexta-feira

Modern Scribble Lines

ta​rde

16:00 - 17:30​

mesa 4

ESTÉTICAS E POLÍTICAS DO CINEMA NEGRO

mediação - Denise Carvalho

Gilberto Alexandre Sobrinho

Contra-mapeamento da Lusofonia: as ​relações estéticas e transculturais ​afrodiaspóricas no cinema e ​audiovisual

Michelle Sales

Um cinema negro, indígena, periférico ​para além do essencialismo estratégico

Noel dos Santos Carvalho

A propósito da abordagem teórica do ​cinema negro enquanto coletivo de ​pensamento

Marcelo Félix Moraes

Políticas afirmativas étnico-raciais ​para o cinema brasileiro

programação

tarde

14​:00 - 15:30

mesa 3

O AUDIOVISUAL ATRAVESSADO PELOS ESTUDOS DE GÊNERO

mediação - Luiza Lusvarghi

Laryssa Gabriele Moreira do Prado

Estética feminista na animação: análise ​das perspectivas de Wells e Spark

Mairon Elme da Silva

Identidades e políticas queer em Steven ​Universo

Karla Adriana Martins Bessa

Imaginários audiovisuais e violências de ​gênero em plataformas digitais

Catarina Silva Bijotti

O pioneirismo de Adélia Sampaio e o ​Cinema Negro Feminino

Catarina Silva Bijotti

O pioneirismo de Adélia Sampaio e o Cinema ​Negro Feminino

Denise Carvalho

A Exposição In/visible e as estratégias de ​resistência à crise criativas nas expressões ​artísticas geradas pela IA

Felipe Abramovictz

As alegorias da Abertura na produção ​superoitista intertextualidade, resistência ​dos anos de repressão ao reempoderamento ​popular

Gabriel Bueno Lisboa

A construção do olhar dentro da fotografia ​documental: uma análise do trabalho de Luciano ​Carneiro para a revista O cruzeiro

O Ciclo do Cinema Político Italiano – Uma ​Proposta de Estudo

Gabriel Henrique de Paula Carneiro

Eva no Brasil e a transformação da Vera Cruz

A guinada “civil-militar” no documentário sobre ​a memória da ditadura chilena

Gilberto Alexandre Sobrinho

Contra-mapeamento da Lusofonia: as relações ​estéticas e transculturais afrodiaspóricas no ​cinema e audiovisual

O Humanitarismo na representação dos ​deslocamento forçados em Weiwei

Guilherme Rezende Landim

Jogos de imagens documentais: entre ruídos e ​fabulações

A representação cultural através das ​animações ligadas ao NCAC

Gustavo Padovani

Mundos audiovisuais plataformizáveis

Imaginários audiovisuais e violências de ​gênero em plataformas digitais

Resumos

Ana Carolina de Moura Delfim Maciel

Invisibilidades no refúgio contemporâneo

Ana Catarine Mendes da Silva

Medusa (2021) e o protagonismo feminino ​no cinema de horror brasileiro

Ana Karla Batista Farias

Entre a cinescrita e a literatura: os modos ​de subjetivação no cine-ensaio de Varda e ​escrita experimental de Clarice Lispector

Ana Luisa Mariquito Reis

Henri Dias da Silva Neto

Cinema e Espiritualidade: Revisitando o Estilo ​Transcendental no Cinema

Ana Paula de Aquino Caixeta

Ignacio del Valle Dávila

Enlutamentos e processos de subjetivação ​no cinema ensaio brasileiro

João Ferreira

Angélica Franceschini Ghilardi

Sexualidade Feminina como Potência em ​Ginger Snaps, Teeth e Raw

Bruno Araujo

João Pedro Felipe Silva

Paródia camp e desidentificação em A mulher ​que inventou o amor (Jean Garrett, 1980)

Karla Adriana Martins Bessa Bessa

Camila Christina Bezerra Soares

Trajetória da cineasta Adélia Sampaio na ​produção dos filmes Parceiros da Aventura ​(1980) e Amor Maldito (1984)

Matheus Mendes Schilittler

A experiência estética em jogos ficcionais e ​novas dimensões do play

Michelle Sales

Um cinema negro, indígena, periférico para ​além do essencialismo estratégico

Noel dos Santos Carvalho

A propósito da abordagem teórica do cinema ​negro enquanto coletivo de pensamento

Patricia Mourao de Andrade

Lygia Pape e o cinema antes do cinema

Patrick Silva Cavalcante

As feridas abertas no coração das imagens ​godardianas: a revolução de A gaia ciência

Pedro Guimarães

O código histriônico na atuação: análise de ​uma forma de jogo atoral

Rafael Alziro Silva Pereira

YouTube-queer: discursos sobre gênero ​sexualidade em vídeos

Rafael do Amaral Reis

A fuga do padre e da moça: uma questão moral

Silas Seabra de Sousa

A operação ensaio de Petra Costa em Elena e ​Democracia em Vertigem

Resumos

Laryssa Gabriele Moreira do Prado

Estética feminista na animação: análise das ​perspectivas de Wells e Spark

Leticia Weber Jarek

Teoria feminista face ao cinema ​hollywoodiano: o caso do woman’s ​film

Luiza Cristina Lusvarghi

Carro Rei e Medusa: Feminismo, Horror ​Corporal e Ficção Especulativa

Mairon Elme da Silva

Identidades e políticas queer em Steven Universo

Marcelo Félix Moraes

Políticas afirmativas étnico-raciais para o ​cinema brasileiro

Mariana Stolf Friggi

Entre o filme-ensaio e a antropologia ​fílmica: análise de Nhemongueta

Matheus Batista Massias

O Cinema de Vittorio De Seta dos Anos 1950: ​Confluências e Influências

Matheus Maltempi Munhoz

Entrevista feita com o casal, Joel Caetano e ​Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, ​produtora de filmes de terror

Ana Catarine Mendes da Silva

Medusa (2021) e o protagonismo feminino no ​cinema de horror brasileiro

Evidenciando os estudos de gênero e ​feminismo no Brasil, questiona-se: como a ​mulher é representada no cinema ​brasileiro contemporâneo de horror? ​Partindo deste questionamento, elege-se ​como objeto de estudo o filme Medusa ​(2021), de Anita Rocha da Silveira. Para a ​efetivação dessa pesquisa, realiza-se uma ​revisão bibliográfica dos estudos de gênero ​e feminismo, em diálogo ao cinema de ​horror, seguido da análise fílmica de ​Medusa e das suas principais personagens ​femininas.

Resumos

Ana Carolina de Moura Delfim Maciel

Invisibilidades no refúgio contemporâneo

Algumas indagações vão nortear minha ​apresentação: De que tipo de testemunho ​estamos falando quando nos voltamos a ​esse espectro populacional? Afinal, teria ​alguém disposto a escutar/visualizar tais ​relatos? Qual é a circulação de tais ​narrativas? De que forma tais produções ​podem se configurar como testemunhos da ​maior tragédia humanitária da história da ​humanidade? Pretendo contribuir para ​uma releitura e um redimensionamento ​dessas produções audiovisuais que, a meu ​ver, se configuram – em sons e imagens - ​como relevantes fontes de pesquisa sobre o ​tema proposto.

Ana Luisa Mariquito Reis

Cinema e Espiritualidade: Revisitando o Estilo ​Transcendental no Cinema

O projeto tem interesse na investigação das ​relações sensíveis entre Arte e ​Espiritualidade no campo cinematográfico - ​no campo do Filme Religioso, nos estudos de ​gênero cinematográfico e no Estilo ​Transcendental. Estaremos em diálogo com ​autores como Paul Schrader, Luiz Vadico, ​Amédée Ayfre, Melanie J. Wright e Gilles ​Deleuze para examinar e expandir os ​conceitos relacionados ao Estilo ​Transcendental como ferramentas de análise ​e realização, aplicando-os às obras do ​cineasta Andrei Tarkovski.

Resumos

Ana Karla Batista Farias

Entre a cinescrita e a literatura: os modos de ​subjetivação no cine-ensaio de Varda e escrita ​experimental de Clarice Lispector

O presente artigo aborda a subjetividade ​ensaística da cineasta belgo-francesa ​Agnès Varda e da escritora brasileira ​Clarice Lispector, que através da liberdade ​de forma e experimentação no cinema e ​literatura, subverteram convenções na ​acepção clássica. Ambas apresentam ​narrativas a partir de suas impressões ​pessoais, mas que também se colocam em ​abertura com o mundo. Dessa forma, ​pretende-se identificar os modos de ​subjetivação e dimensão ensaística ​presentes na cinescrita de Varda através do ​ensaio fílmico As praias de Agnès (2008) e ​na escritura Clariceana por meio de Água ​Viva (1973). Para tanto, utilizaremos como ​método análise fílmica e revisão de ​literatura sobre as obras supracitadas, a ​partir dos autores Teixeira (2015), Yakhni ​(2014), Kaplan (1995), Deleuze e Guattari ​(20179 e Holanda (2019).

Angélica Franceschini Ghilardi

Sexualidade Feminina como Potência em Ginger ​Snaps, Teeth e Raw

O resumo expandido a seguir exemplifica o ​planejamento geral do terceiro capítulo de minha ​dissertação intitulada Performance e Potência: o ​Despertar Sexual Feminino no Cinema Musical e ​de Horror. O capítulo Sexualidade Feminina como ​Potência no Horror é dividido em 6 subcapítulos, ​sendo eles, em ordem: Protagonismo Feminino e ​Ausência de Romance; A Jornada da Mulher ​Monstruosa; Definição de Potência e Relação com ​o Horror; A Corporalidade Monstruosa e a Mulher ​Faminta; A Irmã, o Duplo; e Há escapatória?

Resumos

Ana Paula de Aquino Caixeta

Enlutamentos e processos de subjetivação no ​cinema ensaio brasileiro

A questão da subjetividade foi amplamente ​conceituada por teóricos do filme-ensaio e ​tomada como uma das principais ​responsáveis pela conformação deste ​domínio cinematográfico. Isto porque é ela ​quem conduz a reflexividade almejada a ​partir da sua imersão e teste em uma ​experiência pública. Conforme o exposto por ​Timothy Corrigan, “a subjetividade e a ​experiência são os produtos do discurso e, ​em vez de estabilizar e harmonizar o ​encontro entre esses dois discursos, o ​ensaístico cria choques e lacunas em cada ​encontro e ao longo de cada encontro desses ​como local que evoca, se não exige, o ​pensamento.” (2015, p. 37).

Camila Christina Bezerra Soares

Trajetória da cineasta Adélia Sampaio na ​produção dos filmes Parceiros da Aventura (1980) ​e Amor Maldito (1984)

No presente trabalho apresento dois filmes de ​longa-metragem produzidos pela cineasta Adélia ​Sampaio. O primeiro Parceiros da Aventura ​(1980), dirigido por José Medeiros e o segundo ​Amor Maldito (1984), dirigido por Sampaio. ​Analiso a partir de matérias jornalísticas ​publicadas à época do lançamento os métodos ​utilizados pela produtora nas três etapas que ​compreendem o processo de produção de um ​filme: produção, distribuição e distribuição.

Resumos

Bruno Araujo

Paródia camp e desidentificação em A mulher que ​inventou o amor (Jean Garrett, 1980)

O trabalho empreende uma análise, através do ​prisma dos estudos do excesso no cinema, de A ​mulher que inventou o amor (1980), filme da Boca ​do Lixo paulista, dirigido por Jean Garrett e ​roteirizado por João Silvério Trevisan. Destacamos a ​obra como um desvio de percurso do ciclo de filmes ​brasileiros conhecidos como pornochanchadas. ​Desse modo, e no cotejo com os estudos de gênero e ​sexualidade, busca-se sublinhar representações ​paródicas a partir de um modo de recepção ​dissidente e desidentificado, que emerge das ​motivações da protagonista e reverbera nas ​interpelações que o filme faz ao espectador.

Denise Carvalho

A Exposição In/visible e as estratégias de ​resistência à crise criativas nas expressões ​artísticas geradas pela IA

Este estudo pretende, por meio do estudo de uma ​seleção de obras de autoimagens da curadora e ​artista senegalesa Linda Dounia apresentadas na ​exposição virtual In/Visible, observar novas ​estratégias de resistência e de reparação no ​campo das expressões artísticas geradas por ​ferramentas de Inteligência Artificial com relação ​à imagem de pessoas negras. Este trabalho ​também propõe reflexões acerca das crises com ​relação à unicidade, à autenticidade e aos vieses ​identificados nas obras artísticas geradas por ​Inteligência Artificial. As considerações presentes ​neste artigo demonstram o potencial que os ​elementos culturais, simbólicos e de ​representação possuem a ponto de serem ​refletidos no campo dos sistemas de Inteligência ​Artificial.

Resumos

Catarina Silva Bijotti

O pioneirismo de Adélia Sampaio e o Cinema ​Negro Feminino

Esta comunicação tem como objetivo traçar as ​relações entre o reconhecimento do pioneirismo de ​Adélia Sampaio e a construção recente de um ​Cinema Negro Feminino na historiografia do ​cinema. Sampaio é considerada atualmente a ​primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem ​no Brasil e foi por muitos anos uma figura solitária ​nessa posição. Nos últimos anos, pesquisadores ​brasileiros passaram a dedicar seus estudos a outras ​cineastas negras para a construção de sua História.

Gabriel Bueno Lisboa

O Ciclo do Cinema Político Italiano – Uma ​Proposta de Estudo

A presente comunicação tem por interesse cercar ​teoricamente um grupo de filmes associados a um ​Cinema Político Italiano, uma categoria abstrata, ​mais comumente ligada ao nome de ​determinados cineastas engajados que ao ​conteúdo dos próprios filmes ou ao seu contexto ​de produção e recepção. Ao propor uma ​organização categórica e cronológica ​pretendemos fugir de uma valoração autoral ​qualitativa, procurando esclarecer as condições e ​vitalidade do que entendemos ser essencialmente ​um ciclo (filone).

Resumos

Felipe Abramovictz

As alegorias da Abertura na produção superoitista ​intertextualidade, resistência dos anos de ​repressão ao reempoderamento popular

Propomos um olhar para os expedientes alegóricos ​que perpassam a produção em Super-8 no contexto ​da Abertura Política. Apresentaremos um contexto ​mais amplo de “alegorias do arbítrio” na produção ​superoitista, para em seguida nos concentrarmos ​em três curtas de Otoniel Santos Pereira ​(Declaração, Rua da Paz e Saara, 1974-1975). Trata-se ​de uma filmografia de um cineasta cuja obra ​respondeu diretamente ao momento histórico ​através de tais procedimentos, trazendo à tona o ​horizonte repressivo do país por meio de ​personagens reféns de situações sufocantes, sem ​nenhuma saída.

Gilberto Alexandre Sobrinho

Contra-mapeamento da Lusofonia: as relações ​estéticas e transculturais afrodiaspóricas no ​cinema e audiovisual

Busca-se contra-mapear a definição de lusofonia ​promovida pela Comunidade de Países de Língua ​Portuguesa – CPLP, com foco nas culturas ​audiovisuais, como um meio de questionar a ​identidade cultural lusófona. São analisados ​produtos audiovisuais localizados nessa intersecção ​transcontinental e transatlântica e que encenam ​elementos que se desdobram do trauma colonizador ​por meio de narrativas de memórias, testamentos, ​encontros, experimentação estética ou fabulação.

Resumos

Gabriel Henrique de Paula Carneiro

Eva no Brasil e a transformação da Vera Cruz

O envolvimento da Vera Cruz em Eva no Brasil (1956) ​já no começo de 1955 escancara o desmonte do ​sistema de estúdio e a falência da Vera Cruz, ​Multifilmes e Maristela enquanto produtoras, mas ​também a consolidação de um modelo simbiótico ​entre a produção independente e a participação das ​então grandes companhias como prestadoras de ​serviços, em que se aluga a infraestrutura – ​estúdios, equipamentos – e se oferece serviços de ​pós-produção.

Gustavo Padovani

Mundos audiovisuais plataformizáveis

Este texto aborda a transformação dos contextos ​comunicacionais e socioeconômicos devido à ​plataformização no campo do audiovisual. A ​plataformização redefine o capitalismo contemporâneo, ​centralizando plataformas nos fluxos de capital e ​remodelando a cadeia de produção, distribuição e ​exibição audiovisual. A proposta visa cartografar ​mundos plataformizáveis através de uma hipótese ​metodológica que articula sociologia, comunicação, ​economia e tecnologia, destacando a estrutura da ​plataforma, o mundo simbólico, o modelo de negócio e ​as estratégias de interação.

Resumos

Guilherme Rezende Landim

Jogos de imagens documentais: entre ruídos e ​fabulações

Buscamos compreender como se dá a construção ​identitária do batuque afro-brasileiro de Nelson ​Silva por imagens, desde a pesquisa para a ​realização do filme Batuque: (en)cantos de luta, no ​decorrer das gravações e nas observações diferidas ​em sessões com o grupo. Assim, ao pensarmos o ​lugar das imagens, nos pautamos pelos conceitos de ​oralidade, memória e ancestralidade por meio do ​processo fílmico para agenciamentos das formas de ​representação do grupo, pensando nos espaços de ​negociação da imagem.

Ignacio del Valle Dávila

A guinada “civil-militar” no documentário sobre a ​memória da ditadura chilena

Esta apresentação tem como objetivo analisar o ​aumento de temáticas relacionadas à responsabilidade ​dos civis na ditadura chilena, em documentários ​produzidos nesse país entre 2010 e 2019. Não se trata ​apenas de constatar essa participação civil, mas de ​estudar as estratégias discursivas e formais que dão ​centralidade a essa responsabilidade. Serão analisados ​os documentários El mocito (Marcela Said, 2011), El ​pacto de Adriana (Lissette Orozco, 2017) e La cordillera ​de los sueños (Patricio Guzmán, 2019).

Resumos

Henri Dias da Silva Neto

A construção do olhar dentro da fotografia ​documental: uma análise do trabalho de Luciano ​Carneiro para a revista O cruzeiro

No âmbito desta pesquisa, busca-se avaliar a ​contribuição e o papel da fotografia documental na ​representação da realidade, focando no trabalho do ​fotógrafo cearense José Luciano Mota Carneiro para ​a revista O Cruzeiro (1928-1975). O estudo investiga ​como essa fotografia transcende a mera ​representação visual, evocando emoções e ​questionamentos sobre a realidade. Destaca-se sua ​relevância na compreensão da história, cultura e ​experiências humanas. A fotografia documental ​registra a realidade objetivamente, conservando ​traços do passado e auxiliando na compreensão do ​mundo, convidando à reflexão e interpretação, ​transcendendo a mera representação visual.

João Pedro Felipe Silva

A representação cultural através das animações ​ligadas ao NCAC

Esta pesquisa propõe-se a analisar o caráter documental, ​cultural e autobiográfico das produções do Núcleo de ​Cinema de Animação de Campinas (NCAC), a partir do ​longa-metragem “Café um dedo de prosa” e de algumas ​das obras derivadas de projetos desenvolvidos pelo ​núcleo, a fim de compreender como estas criações ​podem dar maior visibilidade às simbologias regionais ​presentes na cultura brasileira, aumentando a ​representação e a autorrepresentação de populações ​locais no contexto artístico, cinematográfico, midiático e ​cultural brasileiro.

Resumos

João Ferreira

O Humanitarismo na representação dos ​deslocamento forçados em Weiwei

A Presente Comunicação se propõe a analisar o ​documentário Human Flow: Não existe lar se não há ​para onde ir (Ai Weiwei, 2016), buscando traçar ​atravessamentos entre o filme e outras obras ​produzidas pelo artista chinês Ai Weiwei que ​abordam o fenômeno dos deslocamentos forçados. ​Para tal, enfocamos a aderência do documentário e ​das práticas do artista ao humanitarismo, entendido ​aqui tanto como uma economia visual, ou seja, um ​modo de enquadrar os acontecimentos, quanto um ​imaginário político.

Laryssa Gabriele Moreira do Prado

Estética feminista na animação: análise das ​perspectivas de Wells e Spark

Considerando os discursos ainda desorganizados sobre a ​produção realizada por mulheres no cinema de ​animação, o presente trabalho objetiva, a partir do ​conceito de estética feminista, sob a luz de autores como ​Roberta Stubs, Fernando Silva Teixeira Filho e Patrícia ​Lessa; Carolyn Korsmeyer e Mary Devereaux, analisar as ​proposições de dois teóricos da animação,

Resumos

Karla Adriana Martins Bessa Bessa

Imaginários audiovisuais e violências de gênero ​em plataformas digitais

Esta pesquisa em andamento propõe a retomada do ​debate teórico sobre arte, cinema e imaginário, a ​partir do recorte feminista das relações entre modos ​de subjetivação contemporâneas, violências e ​padrões normativos de gênero, que circulam no ​âmbito das práticas e produtos audiovisuais das ​plataformas de exibição online e privada. O recorte ​inicial destaca filmes e minisséries produzidas no ​Brasil pela Netflix e Globoplay, desde seu ​lançamento.

Luiza Cristina Lusvarghi

Carro Rei e Medusa: Feminismo, Horror Corporal e ​Ficção Especulativa

O foco de minha apresentação é analisar a representação ​feminina nas protagonistas de narrativas distópicas ​brasileiras recentes, baseada nos conceitos de Barbara ​Creed sobre o feminino monstruoso, e nos estudos sobre o ​noir de Harvey (1998), Kaplan (1998), além de estudos ​sobre a transformação corporal a partir dos filmes Medusa ​(2023), de Anita Rocha da Silveira, e Carro Rei (2021), de ​Renata Pinheiro.

Resumos

Leticia Weber Jarek

Teoria feminista face ao cinema hollywoodiano: o ​caso do woman’s film

Esta comunicação propõe desenvolver o conceito ​central de woman’s film, ideia que pautou algumas ​releituras do cinema clássico hollywoodiano por ​perspectivas feministas. Interessa-me analisar o ​filme de mulher como paradoxo: estudá-los então ​como uma armadilha bem elaborada do discurso ​hollywoodiano e, simultaneamente, como uma ​possibilidade de olhar para outro objeto que aquele ​conformado pela norma.

Marcelo Félix Moraes

Políticas afirmativas étnico-raciais para o cinema ​brasileiro

A partir de editais de produção cinematográfica do Fundo ​Setorial do Audiovisual (FSA/ANCINE), da Secretaria do ​Audiovisual (SAv/ MinC) e da Spcine, que passaram a ​incluir cotas para realizadores negros, mulheres e ​indígenas como políticas afirmativas étnico-raciais e de ​gênero, esse projeto analisa um conjunto de diretrizes, ​mecanismos e ações estatais buscando entender as ​potencialidades e inovações em termos das perspectivas ​de criação das obras e da ascensão socioeconômica dos ​realizadores.

Resumos

Mairon Elme da Silva

Identidades e políticas queer em Steven Universo

A pesquisa propõe analisar as políticas e estéticas ​queer da série animada Steven Universo (2013 – ​2019), investigando as representações de gênero e ​sexualidades presentes nas personagens e no ​universo narrativo, e as possíveis influências do meio ​de comunicação animado sobre a construção e ​desconstrução de identidades queer. Como ponto de ​partida, analisa o arco de desenvolvimento do ​protagonista Steven, através de estudiosos da teoria ​queer, televisão e animação.

Matheus Batista Massias

O Cinema de Vittorio De Seta dos Anos 1950: ​Confluências e Influências

Embora o cinema italiano dos anos 1950 ainda estivesse ​sob a égide do neorrealismo, novas abordagens, ​especialmente no documentário, despontavam na sua ​esteira. Vittorio De Seta é um dos cineastas que — ao ​voltar-se para o campo em vez do ambiente urbano e ​retratar o quotidiano e o trabalho de pescadores, mineiros, ​pastores de cabras, e donas de casa, por exemplo, além de ​celebrações e rituais — aparece como uma das figuras-​chaves na preservação de tradições e costumes que ​estavam em vias de extinção em consequência da ​modernização acelerada que a Itália passava após a ​Segunda Guerra Mundial. Esta apresentação, portanto, ​ocupa-se de investigar as preocupações políticas e sociais ​que antecedem o cinema de De Seta e o contextualiza, ou ​seja, este trabalho almeja verificar as confluências e as ​pegadas que o diretor italiano (possivelmente) seguiu para ​estruturar seu posicionamento e produzir sua obra dos ​anos 1950.

Resumos

Mariana Stolf Friggi

Entre o filme-ensaio e a antropologia fílmica: ​análise de Nhemongueta

Este trabalho pretende estabelecer relações entre o ​filme-ensaio, a autoetnografia e a antropologia ​fílmica, através da análise fílmica das vídeo-cartas ​Nhemonguetá Kunhã Mbaraete (2020), dirigido ​pelas cineastas Graciela Guarani, Michele Kaiowá, ​Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro.

Matheus Mendes Schilittler

A experiência estética em jogos ficcionais e novas ​dimensões do play

Este trabalho busca explorar o conceito de jogos ficcionais ​proposto por Gualeni e Fassone (2023) e a experiência ​estética que títulos como Petscop (2017-2019) ​proporcionam. O jogo ficcional analisado é uma gameplay ​no YouTube, utilizando de mecânicas e lógicas de ​videogame para emular sua história extradiegética. A ​apresentação também busca analisar os possíveis ​caminhos de análise, pensando nos campos da experiência ​estética (RANCIÈRE, 2009) e da fenomenologia de objetos ​digitais (HUI, 2016).

Resumos

Matheus Maltempi Munhoz

Entrevista feita com o casal, Joel Caetano e ​Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, ​produtora de filmes de terror

Esta apresentação gira em torno de uma entrevista ​feita com o casal, Joel Caetano e Mariana Zani, ​fundadores da RZP Filmes, produtora de filmes de ​terror independente situada em São Paulo. Este ​trabalho ajuda a compreender o surgimento de ​produtoras como a RZP Filmes, e como os dois ​artistas conseguem trabalhar com audiovisual no ​Brasil e tornar essa, uma atividade autossuficiente.

Noel dos Santos Carvalho

A propósito da abordagem teórica do cinema ​negro enquanto coletivo de pensamento

Cinema Negro é um termo utilizado por críticos, ​curadores, produtores e cineastas para designar filmes ​realizados por artistas negros. Seu uso corrente não é o da ​análise acadêmica sobre a variedade de filmes, ​realizadores, estéticas, linguagens e modos de produção ​dos artistas de ascendência negra. Na ausência de um ​conceito ou definição que abarque os complexos ​fenômenos associados ao cinema negro, temos um ​labirinto de designações nativas, via de regra, orientadas ​por agendas políticas normativas e essencialistas. Enfim, ​há tantos cinemas negros quanto o número de ​interessados em criá-los. Essa comunicação procura pensar ​parâmetros teóricos objetivos para uma possível teoria do ​cinema negro.

Resumos

Michelle Sales

Um cinema negro, indígena, periférico para além ​do essencialismo estratégico

A proposta parte da análise do cinema produzido por ​Isael Maxakali e os trabalhos poéticos-visuais das ​artistas negro-brasileiras Ana Pi e Castiel Vitorino ​Brasileiro. Ao olhar para essas imagens, pensamos: ​de que forma podemos imaginar sinergias, ​aproximações e convergências entre cinemas negres, ​indígenas, cinemas marcados pelo espectro da ​racialidade (e do gênero).

Patrick Silva Cavalcante

As feridas abertas no coração das imagens ​godardianas: a revolução de A gaia ciência

Este trabalho visa apresentar uma breve análise do filme A ​gaia ciência (1967-1969) de Jean-Luc Godard, sob o recorte ​do domínio do filme-ensaio. Na obra em questão, ao ​tentar definir o conceito de imagem, tanto visual quanto ​sonora, Godard busca compreender o processo de ​“fabricação” das imagens livres, sem “palavras de ordem”, ​de modo que sua obra sirva de ensinamento àqueles que ​desejam operar uma revolução das/nas/pelas imagens ​cinematográficas, essas mesmas imagens que protegeram ​o coração da personagem Emile nos portões da ​universidade.

Resumos

Patricia Mourao de Andrade

Lygia Pape e o cinema antes do cinema.

Nesta comunicação, pretendo retraçar a relação de ​Lygia Pape com o cinema, desde esses primeiros ​projetos, passando por suas colaborações com o ​Cinema Novo e a Cinemateca do MAM, até ​finalmente chegar a seus primeiros filmes ​finalizados, em 1967.

Rafael Alziro Silva Pereira

YouTube-queer: discursos sobre gênero ​sexualidade em vídeos

O vídeo-ensaio é um produto da era digital, das ​plataformas de streaming, em que usuários fazem o ​upload de suas produções originais; é um discurso ​audiovisual formalmente livre, em que o ensaísta figura e ​promove o pensar por meio dos recursos da linguagem ​audiovisual. A vertente queer do ensaio, caracteriza-se ​ambivalentemente a partir da identidade de seus ​produtores e do discurso nele veiculado (na medida em ​que ele perturba noções relacionadas a normas de gênero ​e sexualidade). É nessa segunda possibilidade, a de um ​discurso video-ensaísta queer, que essa pesquisa se ​interessa.

Resumos

Pedro Guimarães

O código histriônico na atuação: análise de uma ​forma de jogo atoral

Pretende apresentar as sobrevivências do código ​histriônico de atuação (Pearson, 1992), identificado ​com os filmes do início do cinema, em outros ​momentos históricos, demonstrando a recorrência ​do jogo opaco ou apresentacional como elemento ​expressivo dos atores e atrizes de cinema.

Silas Seabra de Sousa

A operação ensaio de Petra Costa em Elena e ​Democracia em Vertigem

A partir de conceitos propostos por Jorge Larrosa (2004), ​esse trabalho de pesquisa tem como objetivo explorar em ​que medida os filmes Elena (2012) e Democracia em ​Vertigem (2019), de Petra Costa, colocam em operação ​características de uma escrita ensaística voltada para a ​linguagem cinematográfica. Como pontos de análise estão ​os conceitos de presente — o ensaio como um pensamento ​no presente e para o presente — e a questão da autoria — ​o ensaio como um pensamento na primeira pessoa.

Resumos

Rafael do Amaral Reis

A fuga do padre e da moça: uma questão moral

Uma abordagem crítico-analítica do filme brasileiro ​O Padre e a Moça, de 1966, de Joaquim Pedro de ​Andrade, a partir das definições de André Bazin para ​o neorrealismo rosselliniano. As relações entre o ​filme de Andrade e o cinema do cineasta italiano – ​nas obras Stromboli, Francisco, Arauto de Deus, ​Europa 51 e Viagem à Itália -, evocando temas como a ​repressão à mulher e à religiosidade.