programação
Caderno de resumos
14/08
quarta-feira
tarde
14:00 - 15:30
mesa 1
GÊNEROS DO CORPO
mediação - Pedro Guimarães
Angélica Franceschini Ghilardi
Sexualidade Feminina como Potência em Ginger Snaps, Teeth e Raw
Luiza Cristina Lusvarghi
tarde
Carro Rei e Medusa: Feminismo, Horror Corporal e Ficção Especulativa
16:00 - 17:30
Leticia Weber Jarek
Teoria feminista face ao cinema hollywoodiano: o caso do woman’s film
mesa 2
NOTAS PARA O CINEMA BRASILEIRO
mediação michelle sales
Bruno Araujo
Paródia camp e desidentificação em A mulher que inventou o amor (Jean Garrett, 1980)
Matheus Maltempi Munhoz
Entrevista feita com o casal, Joel Caetano e Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, produtora de filmes de terror
Gabriel Henrique de Paula Carneiro
Eva no Brasil e a transformação da Vera Cruz
João Pedro Felipe Silva
A representação cultural através das animações ligadas ao NCAC
Rafael do Amaral Reis
A fuga do padre e da moça: uma questão moral
manhã
abertura
palestra
programação
9:30
10:00
mediação - Gilberto Sobrinho
Stephanie dennison (Universidade de Leeds)
laura cánepa (Universidade paulista)
Horror no cinema brasileiro do século XXI: neofascismo, descontentamento, resistência
manhã
10:30 - 12:00
mesa 2
mediação - Ana Carolina Maciel
Patricia Mourao de Andrade
Lygia Pape e o cinema antes do cinema.
Denise Carvalho
A Exposição In/visible e as estratégias de resistência à crise criativas nas expressões artísticas geradas pela IA
João Ferreira
O Humanitarismo na representação dos deslocamento forçados em Weiwei
Henri Dias da Silva Neto
A construção do olhar dentro da fotografia documental: uma análise do trabalho de Luciano Carneiro para a revista o cruzeiro
15/08
quinta-feira
AUDIOVISUAL EM DIFERENTES PLATAFORMAS
Cinema expandido e outras práticas
programação
manhã
9:00 - 10:15
mesa 1
mediação - Gilberto Sobrinho
Gustavo Padovani
Mundos audiovisuais plataformizáveis
Matheus Mendes Schilittler
A experiência estética em jogos ficcionais e novas dimensões do play
Rafael Alziro Silva Pereira
YouTube-queer: discursos sobre gênero sexualidade em vídeos
15/08
quinta-feira
REVISITANDO A HISTÓRIA DO CINEMA
tarde
16:00 - 17:30
mesa 4
CINEMA ENSAIO
mediação - Ana Karla Batista Farias
Patrick Silva Cavalcante
As feridas abertas no coração das imagens godardianas: a revolução de A gaia ciência
Silas Seabra de Sousa
A operação ensaio de Petra Costa em Elena e Democracia em Vertigem
Ana Paula de Aquino Caixeta
Enlutamentos e processos de subjetivação no cinema ensaio brasileiro
Mariana Stolf Friggi
Entre o filme-ensaio e a antropologia fílmica: análise de Nhemongueta
programação
tarde
14:00 - 15:30
mesa 3
mediação - Ignacio Del Valle
Matheus Batista Massias
O Cinema de Vittorio De Seta dos Anos 1950: Confluências e Influências
Gabriel Bueno Lisboa
O Ciclo do Cinema Político Italiano – Uma Proposta de Estudo
Pedro Guimarães
O código histriônico na atuação: análise de uma forma de jogo atoral
Ana Luisa Mariquito Reis
Cinema e Espiritualidade: Revisitando o Estilo Transcendental no Cinema
16/08
sexta-feira
MULHERES: UM MODO DE CINEMA
manhã
10:30 - 12:00
mesa 2
O CINEMA COMO MEMÓRIA
mediação - Márcio Barreto
Ignacio del Valle Dávila
A guinada “civil-militar” no documentário sobre a memória da ditadura chilena
Ana Carolina de Moura Delfim Maciel
Invisibilidades no refúgio contemporâneo
Felipe Abramovictz
As alegorias da Abertura na produção superoitista intertextualidade, resistência dos anos de repressão ao reempoderamento popular
Guilherme Rezende Landim
Jogos de imagens documentais: entre ruídos e fabulações
programação
manhã
9:00 - 10:15
mesa 1
mediação - Karla Bessa
Camila Christina Bezerra Soares
Trajetória da cineasta Adélia Sampaio na produção dos filmes Parceiros da Aventura (1980) e Amor Maldito (1984)
Ana Karla Batista Farias
Entre a cinescrita e a literatura: os modos de subjetivação no cine-ensaio de Varda e escrita experimental de Clarice Lispector
Ana Catarine Mendes da Silva
Medusa (2021) e o protagonismo feminino no cinema de horror brasileiro
16/08
sexta-feira
tarde
16:00 - 17:30
mesa 4
ESTÉTICAS E POLÍTICAS DO CINEMA NEGRO
mediação - Denise Carvalho
Gilberto Alexandre Sobrinho
Contra-mapeamento da Lusofonia: as relações estéticas e transculturais afrodiaspóricas no cinema e audiovisual
Michelle Sales
Um cinema negro, indígena, periférico para além do essencialismo estratégico
Noel dos Santos Carvalho
A propósito da abordagem teórica do cinema negro enquanto coletivo de pensamento
Marcelo Félix Moraes
Políticas afirmativas étnico-raciais para o cinema brasileiro
programação
tarde
14:00 - 15:30
mesa 3
O AUDIOVISUAL ATRAVESSADO PELOS ESTUDOS DE GÊNERO
mediação - Luiza Lusvarghi
Laryssa Gabriele Moreira do Prado
Estética feminista na animação: análise das perspectivas de Wells e Spark
Mairon Elme da Silva
Identidades e políticas queer em Steven Universo
Karla Adriana Martins Bessa
Imaginários audiovisuais e violências de gênero em plataformas digitais
Catarina Silva Bijotti
O pioneirismo de Adélia Sampaio e o Cinema Negro Feminino
Catarina Silva Bijotti
O pioneirismo de Adélia Sampaio e o Cinema Negro Feminino
Denise Carvalho
A Exposição In/visible e as estratégias de resistência à crise criativas nas expressões artísticas geradas pela IA
Felipe Abramovictz
As alegorias da Abertura na produção superoitista intertextualidade, resistência dos anos de repressão ao reempoderamento popular
Gabriel Bueno Lisboa
A construção do olhar dentro da fotografia documental: uma análise do trabalho de Luciano Carneiro para a revista O cruzeiro
O Ciclo do Cinema Político Italiano – Uma Proposta de Estudo
Gabriel Henrique de Paula Carneiro
Eva no Brasil e a transformação da Vera Cruz
A guinada “civil-militar” no documentário sobre a memória da ditadura chilena
Gilberto Alexandre Sobrinho
Contra-mapeamento da Lusofonia: as relações estéticas e transculturais afrodiaspóricas no cinema e audiovisual
O Humanitarismo na representação dos deslocamento forçados em Weiwei
Guilherme Rezende Landim
Jogos de imagens documentais: entre ruídos e fabulações
A representação cultural através das animações ligadas ao NCAC
Gustavo Padovani
Mundos audiovisuais plataformizáveis
Imaginários audiovisuais e violências de gênero em plataformas digitais
Resumos
Ana Carolina de Moura Delfim Maciel
Invisibilidades no refúgio contemporâneo
Ana Catarine Mendes da Silva
Medusa (2021) e o protagonismo feminino no cinema de horror brasileiro
Ana Karla Batista Farias
Entre a cinescrita e a literatura: os modos de subjetivação no cine-ensaio de Varda e escrita experimental de Clarice Lispector
Ana Luisa Mariquito Reis
Henri Dias da Silva Neto
Cinema e Espiritualidade: Revisitando o Estilo Transcendental no Cinema
Ana Paula de Aquino Caixeta
Ignacio del Valle Dávila
Enlutamentos e processos de subjetivação no cinema ensaio brasileiro
João Ferreira
Angélica Franceschini Ghilardi
Sexualidade Feminina como Potência em Ginger Snaps, Teeth e Raw
Bruno Araujo
João Pedro Felipe Silva
Paródia camp e desidentificação em A mulher que inventou o amor (Jean Garrett, 1980)
Karla Adriana Martins Bessa Bessa
Camila Christina Bezerra Soares
Trajetória da cineasta Adélia Sampaio na produção dos filmes Parceiros da Aventura (1980) e Amor Maldito (1984)
Matheus Mendes Schilittler
A experiência estética em jogos ficcionais e novas dimensões do play
Michelle Sales
Um cinema negro, indígena, periférico para além do essencialismo estratégico
Noel dos Santos Carvalho
A propósito da abordagem teórica do cinema negro enquanto coletivo de pensamento
Patricia Mourao de Andrade
Lygia Pape e o cinema antes do cinema
Patrick Silva Cavalcante
As feridas abertas no coração das imagens godardianas: a revolução de A gaia ciência
Pedro Guimarães
O código histriônico na atuação: análise de uma forma de jogo atoral
Rafael Alziro Silva Pereira
YouTube-queer: discursos sobre gênero sexualidade em vídeos
Rafael do Amaral Reis
A fuga do padre e da moça: uma questão moral
Silas Seabra de Sousa
A operação ensaio de Petra Costa em Elena e Democracia em Vertigem
Resumos
Laryssa Gabriele Moreira do Prado
Estética feminista na animação: análise das perspectivas de Wells e Spark
Leticia Weber Jarek
Teoria feminista face ao cinema hollywoodiano: o caso do woman’s film
Luiza Cristina Lusvarghi
Carro Rei e Medusa: Feminismo, Horror Corporal e Ficção Especulativa
Mairon Elme da Silva
Identidades e políticas queer em Steven Universo
Marcelo Félix Moraes
Políticas afirmativas étnico-raciais para o cinema brasileiro
Mariana Stolf Friggi
Entre o filme-ensaio e a antropologia fílmica: análise de Nhemongueta
Matheus Batista Massias
O Cinema de Vittorio De Seta dos Anos 1950: Confluências e Influências
Matheus Maltempi Munhoz
Entrevista feita com o casal, Joel Caetano e Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, produtora de filmes de terror
Ana Catarine Mendes da Silva
Medusa (2021) e o protagonismo feminino no cinema de horror brasileiro
Evidenciando os estudos de gênero e feminismo no Brasil, questiona-se: como a mulher é representada no cinema brasileiro contemporâneo de horror? Partindo deste questionamento, elege-se como objeto de estudo o filme Medusa (2021), de Anita Rocha da Silveira. Para a efetivação dessa pesquisa, realiza-se uma revisão bibliográfica dos estudos de gênero e feminismo, em diálogo ao cinema de horror, seguido da análise fílmica de Medusa e das suas principais personagens femininas.
Resumos
Ana Carolina de Moura Delfim Maciel
Invisibilidades no refúgio contemporâneo
Algumas indagações vão nortear minha apresentação: De que tipo de testemunho estamos falando quando nos voltamos a esse espectro populacional? Afinal, teria alguém disposto a escutar/visualizar tais relatos? Qual é a circulação de tais narrativas? De que forma tais produções podem se configurar como testemunhos da maior tragédia humanitária da história da humanidade? Pretendo contribuir para uma releitura e um redimensionamento dessas produções audiovisuais que, a meu ver, se configuram – em sons e imagens - como relevantes fontes de pesquisa sobre o tema proposto.
Ana Luisa Mariquito Reis
Cinema e Espiritualidade: Revisitando o Estilo Transcendental no Cinema
O projeto tem interesse na investigação das relações sensíveis entre Arte e Espiritualidade no campo cinematográfico - no campo do Filme Religioso, nos estudos de gênero cinematográfico e no Estilo Transcendental. Estaremos em diálogo com autores como Paul Schrader, Luiz Vadico, Amédée Ayfre, Melanie J. Wright e Gilles Deleuze para examinar e expandir os conceitos relacionados ao Estilo Transcendental como ferramentas de análise e realização, aplicando-os às obras do cineasta Andrei Tarkovski.
Resumos
Ana Karla Batista Farias
Entre a cinescrita e a literatura: os modos de subjetivação no cine-ensaio de Varda e escrita experimental de Clarice Lispector
O presente artigo aborda a subjetividade ensaística da cineasta belgo-francesa Agnès Varda e da escritora brasileira Clarice Lispector, que através da liberdade de forma e experimentação no cinema e literatura, subverteram convenções na acepção clássica. Ambas apresentam narrativas a partir de suas impressões pessoais, mas que também se colocam em abertura com o mundo. Dessa forma, pretende-se identificar os modos de subjetivação e dimensão ensaística presentes na cinescrita de Varda através do ensaio fílmico As praias de Agnès (2008) e na escritura Clariceana por meio de Água Viva (1973). Para tanto, utilizaremos como método análise fílmica e revisão de literatura sobre as obras supracitadas, a partir dos autores Teixeira (2015), Yakhni (2014), Kaplan (1995), Deleuze e Guattari (20179 e Holanda (2019).
Angélica Franceschini Ghilardi
Sexualidade Feminina como Potência em Ginger Snaps, Teeth e Raw
O resumo expandido a seguir exemplifica o planejamento geral do terceiro capítulo de minha dissertação intitulada Performance e Potência: o Despertar Sexual Feminino no Cinema Musical e de Horror. O capítulo Sexualidade Feminina como Potência no Horror é dividido em 6 subcapítulos, sendo eles, em ordem: Protagonismo Feminino e Ausência de Romance; A Jornada da Mulher Monstruosa; Definição de Potência e Relação com o Horror; A Corporalidade Monstruosa e a Mulher Faminta; A Irmã, o Duplo; e Há escapatória?
Resumos
Ana Paula de Aquino Caixeta
Enlutamentos e processos de subjetivação no cinema ensaio brasileiro
A questão da subjetividade foi amplamente conceituada por teóricos do filme-ensaio e tomada como uma das principais responsáveis pela conformação deste domínio cinematográfico. Isto porque é ela quem conduz a reflexividade almejada a partir da sua imersão e teste em uma experiência pública. Conforme o exposto por Timothy Corrigan, “a subjetividade e a experiência são os produtos do discurso e, em vez de estabilizar e harmonizar o encontro entre esses dois discursos, o ensaístico cria choques e lacunas em cada encontro e ao longo de cada encontro desses como local que evoca, se não exige, o pensamento.” (2015, p. 37).
Camila Christina Bezerra Soares
Trajetória da cineasta Adélia Sampaio na produção dos filmes Parceiros da Aventura (1980) e Amor Maldito (1984)
No presente trabalho apresento dois filmes de longa-metragem produzidos pela cineasta Adélia Sampaio. O primeiro Parceiros da Aventura (1980), dirigido por José Medeiros e o segundo Amor Maldito (1984), dirigido por Sampaio. Analiso a partir de matérias jornalísticas publicadas à época do lançamento os métodos utilizados pela produtora nas três etapas que compreendem o processo de produção de um filme: produção, distribuição e distribuição.
Resumos
Bruno Araujo
Paródia camp e desidentificação em A mulher que inventou o amor (Jean Garrett, 1980)
O trabalho empreende uma análise, através do prisma dos estudos do excesso no cinema, de A mulher que inventou o amor (1980), filme da Boca do Lixo paulista, dirigido por Jean Garrett e roteirizado por João Silvério Trevisan. Destacamos a obra como um desvio de percurso do ciclo de filmes brasileiros conhecidos como pornochanchadas. Desse modo, e no cotejo com os estudos de gênero e sexualidade, busca-se sublinhar representações paródicas a partir de um modo de recepção dissidente e desidentificado, que emerge das motivações da protagonista e reverbera nas interpelações que o filme faz ao espectador.
Denise Carvalho
A Exposição In/visible e as estratégias de resistência à crise criativas nas expressões artísticas geradas pela IA
Este estudo pretende, por meio do estudo de uma seleção de obras de autoimagens da curadora e artista senegalesa Linda Dounia apresentadas na exposição virtual In/Visible, observar novas estratégias de resistência e de reparação no campo das expressões artísticas geradas por ferramentas de Inteligência Artificial com relação à imagem de pessoas negras. Este trabalho também propõe reflexões acerca das crises com relação à unicidade, à autenticidade e aos vieses identificados nas obras artísticas geradas por Inteligência Artificial. As considerações presentes neste artigo demonstram o potencial que os elementos culturais, simbólicos e de representação possuem a ponto de serem refletidos no campo dos sistemas de Inteligência Artificial.
Resumos
Catarina Silva Bijotti
O pioneirismo de Adélia Sampaio e o Cinema Negro Feminino
Esta comunicação tem como objetivo traçar as relações entre o reconhecimento do pioneirismo de Adélia Sampaio e a construção recente de um Cinema Negro Feminino na historiografia do cinema. Sampaio é considerada atualmente a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil e foi por muitos anos uma figura solitária nessa posição. Nos últimos anos, pesquisadores brasileiros passaram a dedicar seus estudos a outras cineastas negras para a construção de sua História.
Gabriel Bueno Lisboa
O Ciclo do Cinema Político Italiano – Uma Proposta de Estudo
A presente comunicação tem por interesse cercar teoricamente um grupo de filmes associados a um Cinema Político Italiano, uma categoria abstrata, mais comumente ligada ao nome de determinados cineastas engajados que ao conteúdo dos próprios filmes ou ao seu contexto de produção e recepção. Ao propor uma organização categórica e cronológica pretendemos fugir de uma valoração autoral qualitativa, procurando esclarecer as condições e vitalidade do que entendemos ser essencialmente um ciclo (filone).
Resumos
Felipe Abramovictz
As alegorias da Abertura na produção superoitista intertextualidade, resistência dos anos de repressão ao reempoderamento popular
Propomos um olhar para os expedientes alegóricos que perpassam a produção em Super-8 no contexto da Abertura Política. Apresentaremos um contexto mais amplo de “alegorias do arbítrio” na produção superoitista, para em seguida nos concentrarmos em três curtas de Otoniel Santos Pereira (Declaração, Rua da Paz e Saara, 1974-1975). Trata-se de uma filmografia de um cineasta cuja obra respondeu diretamente ao momento histórico através de tais procedimentos, trazendo à tona o horizonte repressivo do país por meio de personagens reféns de situações sufocantes, sem nenhuma saída.
Gilberto Alexandre Sobrinho
Contra-mapeamento da Lusofonia: as relações estéticas e transculturais afrodiaspóricas no cinema e audiovisual
Busca-se contra-mapear a definição de lusofonia promovida pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa – CPLP, com foco nas culturas audiovisuais, como um meio de questionar a identidade cultural lusófona. São analisados produtos audiovisuais localizados nessa intersecção transcontinental e transatlântica e que encenam elementos que se desdobram do trauma colonizador por meio de narrativas de memórias, testamentos, encontros, experimentação estética ou fabulação.
Resumos
Gabriel Henrique de Paula Carneiro
Eva no Brasil e a transformação da Vera Cruz
O envolvimento da Vera Cruz em Eva no Brasil (1956) já no começo de 1955 escancara o desmonte do sistema de estúdio e a falência da Vera Cruz, Multifilmes e Maristela enquanto produtoras, mas também a consolidação de um modelo simbiótico entre a produção independente e a participação das então grandes companhias como prestadoras de serviços, em que se aluga a infraestrutura – estúdios, equipamentos – e se oferece serviços de pós-produção.
Gustavo Padovani
Mundos audiovisuais plataformizáveis
Este texto aborda a transformação dos contextos comunicacionais e socioeconômicos devido à plataformização no campo do audiovisual. A plataformização redefine o capitalismo contemporâneo, centralizando plataformas nos fluxos de capital e remodelando a cadeia de produção, distribuição e exibição audiovisual. A proposta visa cartografar mundos plataformizáveis através de uma hipótese metodológica que articula sociologia, comunicação, economia e tecnologia, destacando a estrutura da plataforma, o mundo simbólico, o modelo de negócio e as estratégias de interação.
Resumos
Guilherme Rezende Landim
Jogos de imagens documentais: entre ruídos e fabulações
Buscamos compreender como se dá a construção identitária do batuque afro-brasileiro de Nelson Silva por imagens, desde a pesquisa para a realização do filme Batuque: (en)cantos de luta, no decorrer das gravações e nas observações diferidas em sessões com o grupo. Assim, ao pensarmos o lugar das imagens, nos pautamos pelos conceitos de oralidade, memória e ancestralidade por meio do processo fílmico para agenciamentos das formas de representação do grupo, pensando nos espaços de negociação da imagem.
Ignacio del Valle Dávila
A guinada “civil-militar” no documentário sobre a memória da ditadura chilena
Esta apresentação tem como objetivo analisar o aumento de temáticas relacionadas à responsabilidade dos civis na ditadura chilena, em documentários produzidos nesse país entre 2010 e 2019. Não se trata apenas de constatar essa participação civil, mas de estudar as estratégias discursivas e formais que dão centralidade a essa responsabilidade. Serão analisados os documentários El mocito (Marcela Said, 2011), El pacto de Adriana (Lissette Orozco, 2017) e La cordillera de los sueños (Patricio Guzmán, 2019).
Resumos
Henri Dias da Silva Neto
A construção do olhar dentro da fotografia documental: uma análise do trabalho de Luciano Carneiro para a revista O cruzeiro
No âmbito desta pesquisa, busca-se avaliar a contribuição e o papel da fotografia documental na representação da realidade, focando no trabalho do fotógrafo cearense José Luciano Mota Carneiro para a revista O Cruzeiro (1928-1975). O estudo investiga como essa fotografia transcende a mera representação visual, evocando emoções e questionamentos sobre a realidade. Destaca-se sua relevância na compreensão da história, cultura e experiências humanas. A fotografia documental registra a realidade objetivamente, conservando traços do passado e auxiliando na compreensão do mundo, convidando à reflexão e interpretação, transcendendo a mera representação visual.
João Pedro Felipe Silva
A representação cultural através das animações ligadas ao NCAC
Esta pesquisa propõe-se a analisar o caráter documental, cultural e autobiográfico das produções do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas (NCAC), a partir do longa-metragem “Café um dedo de prosa” e de algumas das obras derivadas de projetos desenvolvidos pelo núcleo, a fim de compreender como estas criações podem dar maior visibilidade às simbologias regionais presentes na cultura brasileira, aumentando a representação e a autorrepresentação de populações locais no contexto artístico, cinematográfico, midiático e cultural brasileiro.
Resumos
João Ferreira
O Humanitarismo na representação dos deslocamento forçados em Weiwei
A Presente Comunicação se propõe a analisar o documentário Human Flow: Não existe lar se não há para onde ir (Ai Weiwei, 2016), buscando traçar atravessamentos entre o filme e outras obras produzidas pelo artista chinês Ai Weiwei que abordam o fenômeno dos deslocamentos forçados. Para tal, enfocamos a aderência do documentário e das práticas do artista ao humanitarismo, entendido aqui tanto como uma economia visual, ou seja, um modo de enquadrar os acontecimentos, quanto um imaginário político.
Laryssa Gabriele Moreira do Prado
Estética feminista na animação: análise das perspectivas de Wells e Spark
Considerando os discursos ainda desorganizados sobre a produção realizada por mulheres no cinema de animação, o presente trabalho objetiva, a partir do conceito de estética feminista, sob a luz de autores como Roberta Stubs, Fernando Silva Teixeira Filho e Patrícia Lessa; Carolyn Korsmeyer e Mary Devereaux, analisar as proposições de dois teóricos da animação,
Resumos
Karla Adriana Martins Bessa Bessa
Imaginários audiovisuais e violências de gênero em plataformas digitais
Esta pesquisa em andamento propõe a retomada do debate teórico sobre arte, cinema e imaginário, a partir do recorte feminista das relações entre modos de subjetivação contemporâneas, violências e padrões normativos de gênero, que circulam no âmbito das práticas e produtos audiovisuais das plataformas de exibição online e privada. O recorte inicial destaca filmes e minisséries produzidas no Brasil pela Netflix e Globoplay, desde seu lançamento.
Luiza Cristina Lusvarghi
Carro Rei e Medusa: Feminismo, Horror Corporal e Ficção Especulativa
O foco de minha apresentação é analisar a representação feminina nas protagonistas de narrativas distópicas brasileiras recentes, baseada nos conceitos de Barbara Creed sobre o feminino monstruoso, e nos estudos sobre o noir de Harvey (1998), Kaplan (1998), além de estudos sobre a transformação corporal a partir dos filmes Medusa (2023), de Anita Rocha da Silveira, e Carro Rei (2021), de Renata Pinheiro.
Resumos
Leticia Weber Jarek
Teoria feminista face ao cinema hollywoodiano: o caso do woman’s film
Esta comunicação propõe desenvolver o conceito central de woman’s film, ideia que pautou algumas releituras do cinema clássico hollywoodiano por perspectivas feministas. Interessa-me analisar o filme de mulher como paradoxo: estudá-los então como uma armadilha bem elaborada do discurso hollywoodiano e, simultaneamente, como uma possibilidade de olhar para outro objeto que aquele conformado pela norma.
Marcelo Félix Moraes
Políticas afirmativas étnico-raciais para o cinema brasileiro
A partir de editais de produção cinematográfica do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/ANCINE), da Secretaria do Audiovisual (SAv/ MinC) e da Spcine, que passaram a incluir cotas para realizadores negros, mulheres e indígenas como políticas afirmativas étnico-raciais e de gênero, esse projeto analisa um conjunto de diretrizes, mecanismos e ações estatais buscando entender as potencialidades e inovações em termos das perspectivas de criação das obras e da ascensão socioeconômica dos realizadores.
Resumos
Mairon Elme da Silva
Identidades e políticas queer em Steven Universo
A pesquisa propõe analisar as políticas e estéticas queer da série animada Steven Universo (2013 – 2019), investigando as representações de gênero e sexualidades presentes nas personagens e no universo narrativo, e as possíveis influências do meio de comunicação animado sobre a construção e desconstrução de identidades queer. Como ponto de partida, analisa o arco de desenvolvimento do protagonista Steven, através de estudiosos da teoria queer, televisão e animação.
Matheus Batista Massias
O Cinema de Vittorio De Seta dos Anos 1950: Confluências e Influências
Embora o cinema italiano dos anos 1950 ainda estivesse sob a égide do neorrealismo, novas abordagens, especialmente no documentário, despontavam na sua esteira. Vittorio De Seta é um dos cineastas que — ao voltar-se para o campo em vez do ambiente urbano e retratar o quotidiano e o trabalho de pescadores, mineiros, pastores de cabras, e donas de casa, por exemplo, além de celebrações e rituais — aparece como uma das figuras-chaves na preservação de tradições e costumes que estavam em vias de extinção em consequência da modernização acelerada que a Itália passava após a Segunda Guerra Mundial. Esta apresentação, portanto, ocupa-se de investigar as preocupações políticas e sociais que antecedem o cinema de De Seta e o contextualiza, ou seja, este trabalho almeja verificar as confluências e as pegadas que o diretor italiano (possivelmente) seguiu para estruturar seu posicionamento e produzir sua obra dos anos 1950.
Resumos
Mariana Stolf Friggi
Entre o filme-ensaio e a antropologia fílmica: análise de Nhemongueta
Este trabalho pretende estabelecer relações entre o filme-ensaio, a autoetnografia e a antropologia fílmica, através da análise fílmica das vídeo-cartas Nhemonguetá Kunhã Mbaraete (2020), dirigido pelas cineastas Graciela Guarani, Michele Kaiowá, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro.
Matheus Mendes Schilittler
A experiência estética em jogos ficcionais e novas dimensões do play
Este trabalho busca explorar o conceito de jogos ficcionais proposto por Gualeni e Fassone (2023) e a experiência estética que títulos como Petscop (2017-2019) proporcionam. O jogo ficcional analisado é uma gameplay no YouTube, utilizando de mecânicas e lógicas de videogame para emular sua história extradiegética. A apresentação também busca analisar os possíveis caminhos de análise, pensando nos campos da experiência estética (RANCIÈRE, 2009) e da fenomenologia de objetos digitais (HUI, 2016).
Resumos
Matheus Maltempi Munhoz
Entrevista feita com o casal, Joel Caetano e Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, produtora de filmes de terror
Esta apresentação gira em torno de uma entrevista feita com o casal, Joel Caetano e Mariana Zani, fundadores da RZP Filmes, produtora de filmes de terror independente situada em São Paulo. Este trabalho ajuda a compreender o surgimento de produtoras como a RZP Filmes, e como os dois artistas conseguem trabalhar com audiovisual no Brasil e tornar essa, uma atividade autossuficiente.
Noel dos Santos Carvalho
A propósito da abordagem teórica do cinema negro enquanto coletivo de pensamento
Cinema Negro é um termo utilizado por críticos, curadores, produtores e cineastas para designar filmes realizados por artistas negros. Seu uso corrente não é o da análise acadêmica sobre a variedade de filmes, realizadores, estéticas, linguagens e modos de produção dos artistas de ascendência negra. Na ausência de um conceito ou definição que abarque os complexos fenômenos associados ao cinema negro, temos um labirinto de designações nativas, via de regra, orientadas por agendas políticas normativas e essencialistas. Enfim, há tantos cinemas negros quanto o número de interessados em criá-los. Essa comunicação procura pensar parâmetros teóricos objetivos para uma possível teoria do cinema negro.
Resumos
Michelle Sales
Um cinema negro, indígena, periférico para além do essencialismo estratégico
A proposta parte da análise do cinema produzido por Isael Maxakali e os trabalhos poéticos-visuais das artistas negro-brasileiras Ana Pi e Castiel Vitorino Brasileiro. Ao olhar para essas imagens, pensamos: de que forma podemos imaginar sinergias, aproximações e convergências entre cinemas negres, indígenas, cinemas marcados pelo espectro da racialidade (e do gênero).
Patrick Silva Cavalcante
As feridas abertas no coração das imagens godardianas: a revolução de A gaia ciência
Este trabalho visa apresentar uma breve análise do filme A gaia ciência (1967-1969) de Jean-Luc Godard, sob o recorte do domínio do filme-ensaio. Na obra em questão, ao tentar definir o conceito de imagem, tanto visual quanto sonora, Godard busca compreender o processo de “fabricação” das imagens livres, sem “palavras de ordem”, de modo que sua obra sirva de ensinamento àqueles que desejam operar uma revolução das/nas/pelas imagens cinematográficas, essas mesmas imagens que protegeram o coração da personagem Emile nos portões da universidade.
Resumos
Patricia Mourao de Andrade
Lygia Pape e o cinema antes do cinema.
Nesta comunicação, pretendo retraçar a relação de Lygia Pape com o cinema, desde esses primeiros projetos, passando por suas colaborações com o Cinema Novo e a Cinemateca do MAM, até finalmente chegar a seus primeiros filmes finalizados, em 1967.
Rafael Alziro Silva Pereira
YouTube-queer: discursos sobre gênero sexualidade em vídeos
O vídeo-ensaio é um produto da era digital, das plataformas de streaming, em que usuários fazem o upload de suas produções originais; é um discurso audiovisual formalmente livre, em que o ensaísta figura e promove o pensar por meio dos recursos da linguagem audiovisual. A vertente queer do ensaio, caracteriza-se ambivalentemente a partir da identidade de seus produtores e do discurso nele veiculado (na medida em que ele perturba noções relacionadas a normas de gênero e sexualidade). É nessa segunda possibilidade, a de um discurso video-ensaísta queer, que essa pesquisa se interessa.
Resumos
Pedro Guimarães
O código histriônico na atuação: análise de uma forma de jogo atoral
Pretende apresentar as sobrevivências do código histriônico de atuação (Pearson, 1992), identificado com os filmes do início do cinema, em outros momentos históricos, demonstrando a recorrência do jogo opaco ou apresentacional como elemento expressivo dos atores e atrizes de cinema.
Silas Seabra de Sousa
A operação ensaio de Petra Costa em Elena e Democracia em Vertigem
A partir de conceitos propostos por Jorge Larrosa (2004), esse trabalho de pesquisa tem como objetivo explorar em que medida os filmes Elena (2012) e Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa, colocam em operação características de uma escrita ensaística voltada para a linguagem cinematográfica. Como pontos de análise estão os conceitos de presente — o ensaio como um pensamento no presente e para o presente — e a questão da autoria — o ensaio como um pensamento na primeira pessoa.
Resumos
Rafael do Amaral Reis
A fuga do padre e da moça: uma questão moral
Uma abordagem crítico-analítica do filme brasileiro O Padre e a Moça, de 1966, de Joaquim Pedro de Andrade, a partir das definições de André Bazin para o neorrealismo rosselliniano. As relações entre o filme de Andrade e o cinema do cineasta italiano – nas obras Stromboli, Francisco, Arauto de Deus, Europa 51 e Viagem à Itália -, evocando temas como a repressão à mulher e à religiosidade.